Emanuel Macedo de Medeiros, CEO Global da SIGA, CEO e Presidente da SIGA LATIN AMERICA, destacou a necessidade urgente de reformas na legislação brasileira, para melhor servir os clubes formadores e o desenvolvimento de jovens atletas no País.

O alerta foi lançado durante a Audiência Pública sobre a Situação dos Clubes Formadores no Brasil, promovida conjuntamente com o Deputado Federal Eduardo Bandeira de Mello, Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, Subcomissão Especial de Modernização do Futebol, e Frente Parlamentar Pela Modernização do Futebol no Brasil.

Numa audiência com a participação de CBF, Universidade do Futebol, Pacto Pelo Esporte, Federação Paulista de Futebol, Ministério do Esporte e Abex, Emanuel Macedo de Medeiros lembrou a sua experiência de 31 anos como dirigente esportivo, para apontar que a atual legislação é insuficiente e excessivamente complexa. “A legislação existente não serve os seus propósitos e padece de elefantíase, tal o gigantismo das propostas que encerra,” declarou. O CEO Global da SIGA enfatizou que, apesar dos desafios, é possível enfrentar os problemas, identificar fragilidades e encontrar soluções viáveis.

Um dos pontos críticos apontados pelo CEO Global da SIGA foi a discrepância entre o número de clubes profissionais e clubes formadores no Brasil. “Com 778 clubes profissionais e apenas 56 clubes formadores, isto dá noção do atraso com que partimos. Não é possível encarar um universo como o Brasil e estar satisfeito com essa realidade,” disse Macedo de Medeiros.

Emanuel Macedo de Medeiros argumentou que é essencial aumentar esses números e incentivar os dirigentes a melhorar os padrões de governança dos clubes. Destacou ainda que a formação e desenvolvimento de jovens atletas é um dos quatro pilares fundamentais de um sistema esportivo robusto, com defendido pela SIGA. A legislação, sugeriu, “deve ser revista e reformada para tratar os jovens como cidadãos completos, refletindo a importância de uma formação holística”.

De acordo com Emanuel Macedo de Medeiros, os quatro pilares propostos para a formação são:

– Recrutamento: Determinar a idade adequada para recrutamento, os propósitos e objetivos claros, e estratégias para jovens de diferentes cidades e estados. Os treinadores devem reconhecer que treinar jovens é diferente de treinar profissionais, exigindo não só aptidão técnica e tática, mas também integridade. “Treinadores de camadas jovens devem ser submetidos a testes de integridade, pois é preciso ter certeza de que os nossos filhos e netos estão em boas mãos.”

– Formação: Implementar metodologias de treino que incentivem boas práticas e moderação em vez de ambição desenfreada por títulos. “As boas práticas têm de ser disseminadas,” afirmou.

– Educação: Integrar a educação formal dos jovens atletas, assegurando que recebam uma educação escolar adequada além do treinamento esportivo.

– Proteção: Garantir a integridade física dos jovens através de infraestruturas seguras e licenciadas, bem como proteger a integridade moral através da formação e capacitação de dirigentes e atletas.

Emanuel Macedo de Medeiros concluiu a sua participação destacando a necessidade de o estudo independente sobre o futuro do futebol brasileiro, que a SIGA está a realizar, poder apoiar essas reformas. “A formação e desenvolvimento de jovens é também uma área nuclear do estudo independente sobre o futuro do futebol brasileiro” disse.

Emanuel Macedo de Medeiros destacou o facto de a SIGA LATIN AMERICA ter constituído um Comitê de Desenvolvimento e Proteção de Jovens Atletas no Esporte, presidido por Thais Toledo, CEO da AcessoSS, e que conta com a participação, entre outros, de Heloísa Rios, CEO da Universidade do Futebol, responsável pela primeira etapa do Movimento Progresso Futebol de Base, com o apoio da Alvarez & Marsal.

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